DICAS PARA QUEM VAI ABRIR UM ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA

Depois de decidir seguir a carreira no empreendedorismo jurídico, fica a pergunta: como abrir um escritório de advocacia? Isso é algo que muitas vezes a graduação não ensina. Muitos alunos saem da faculdade de Direito sem entender os elementos mais simples de administração.

Mas vamos lá, vou ajudar você nessa missão e mostrar o que é necessário para abrir um escritório de advocacia.

Antes de mais nada, você precisa, é claro, ser habilitado e estar regularizado junto à OAB. E sobre o investimento inicial, que é outro tema importante, já adianto que isso varia de acordo com equipamentos adquiridos, tamanho do escritório, área de atuação, localização e mais uma série de fatores que podem ser assunto para outra hora.

Neste artigo, meu objetivo é mostrar os 10 principais passos que você precisa seguir para montar um escritório de advocacia, e outras dicas que podem ser importantes para esse empreendimento. Vamos lá?

Como abrir um escritório de advocacia em 10 passos

1. Defina sua área de atuação

Em qual área da advocacia você vai trabalhar? Já pensou nisso?

Essa decisão é muito importante e vai implicar em desmembrar as próximas decisões sobre o seu negócio. Essa definição é fundamental. Certifique-se de estar a par de todas as suas opções: pesquise e entenda melhor a respeito de cada uma das áreas da advocacia antes de tomar essa decisão.

2. Faça uma análise do mercado atual

Muitas pessoas resolvem fazer esse passo antes: primeiro analisar o mercado e depois encaixar-se na área mais vantajosa do momento.

Acontece que a área mais vantajosa do momento pode mudar e não ser mais tão lucrativa ou fértil amanhã. E aí você pode ficar preso em um ramo que você não gosta tanto. Mas tenha em mente que não existe mercado saturado no Direito. O que há é falta de organização e mercados mal trabalhados.

Depois de definir sua área, analise o mercado para entender e considerar os efeitos da oferta e da demanda dos seus serviços de advogado. Isso porque a advocacia é um serviço, então é bom levar em consideração e saber com bastante clareza que seu preço e seus ganhos serão determinados pela demanda.

Portanto, ao pensar em como montar um escritório de advocacia, tenha em mente que você deve primeiro decidir a área em que irá atuar e depois estudar esse mercado.

Se depois de analisar a sua área de preferência você achar que esse mercado não é tão lucrativo, vale a pena estudar sua segunda ou terceira opção. Mas eu insisto: evite escolher a sua área de acordo com o mercado atual, pois isso pode ser uma armadilha em longo prazo – sem paixão pelo seu trabalho, você não irá longe!

3. Escolha se irá trabalhar sozinho ou com sócios

Antes de montar um escritório de advocacia, você precisa refletir se pretende trabalhar sozinho ou abrir uma sociedade. Essa definição é bem importante na hora de abrir um escritório porque vai determinar qual estratégia será usada e qual será o investimento necessário.

Se você quiser começar a empreender em sociedade, escolha muito bem seu sócio: muitos escritórios quebram ou fecham por falta de alinhamento e conexão entre os associados.

Se decidir por atuar sozinho, prepare-se para encarar esse desafio e considere a abertura de uma Sociedade Unipessoal de Advocacia, que traz muitos benefícios em relação à atuação como pessoa física.

4. Elabore um acordo entre os sócios

Para aqueles que decidiram montar um escritório de advocacia em sociedade, é fundamental que seja elaborado um contrato em que fiquem bem definidos as prerrogativas, os direitos e as responsabilidades de cada um.

Nesse sentido, é importante que no documento constem itens como a remuneração dos sócios, os passos para a retirada de um dos membros da sociedade, a destinação do patrimônio, entre outros assuntos importantes.

Isso é fundamental para dar mais transparência e segurança jurídica à empresa, além de evitar problemas e imprevistos – afinal, brigas, desentendimentos ou simplesmente a vontade de mudar de vida acontecem a todo instante.

5. Planeje as finanças do seu escritório

Se para empreender no ramo do Direito é preciso entender de administração, o mesmo vale para as finanças: você precisa ter um mínimo de noção de planejamento financeiro para não terminar todo mês no vermelho.